O RPCS3, mais conhecido emulador de PlayStation 3 em desenvolvimento, atingiu um ponto importante da caminhada. Como divulgado no Twitter do grupo ontem, todos os jogos lançados para o console da Sony ao menos iniciam.
É bom notar que iniciar não significa jogar. Dos quase 3200 títulos disponíveis para o sistema, mais de 2 mil estão em estado Playable – você já pode jogá-los do início ao fim, sem grandes problemas.
Os demais se dividem entre diversas condições. Alguns iniciam mas travam logo (Ingame), outros não passam das telas de título e menus (Intro) e outros, no status Loadable – apenas 0,19% do total – dão boot no console virtual, mas ficam com a tela preta.
E acredite: é um progresso sair de nada para Loadable.
"Estamos felizes em anunciar que o RPCS3 agora tem um total de ZERO jogos no status Nothing!", diz a mensagem, referindo-se aos games que não tinham qualquer reação.
"Isto significa que todos os jogos e aplicativos conhecidos ao menos carregam no emulador, sem regressões que evitem [outros] jogos de carregar. Esperamos agora esvaziar a lista do Bootable também!"
Progresso
O RPCS3 é um projeto antigo. Iniciado em 2011, teve alterações no time de design com o tempo, mas parece andar a passos ligeiros desde o fim da vida comercial do PlayStation 3, em 2016.
No fim de 2019, o RPCS3 estava na versão 0.0.8 Alpha, com 1430 games em estado jogável. Em pouco mais de dois ano, o número subiu para 2054. Se conseguiram manter essa média, em meados de 2023 é provável que 99% do acervo do console esteja jogável.
Usar o RPCS3 no PC requer um bom hardware. Em meus testes há quase um ano, uma GTX 1050 mal deu conta de jogos simples. Portanto, não espere desempenho aceitável perto disso. O emulador, de código aberto, pode ser baixado gratuitamente no site do projeto.
Importante lembrar: o uso de emuladores não é crime, seja de pirataria ou qualquer outro. O tema já foi discutido na justiça (relembre o caso Sony vs Bleem). Não acredite em quem disser o contrário. Baixar jogos, ISOs e outros softwares sob direito autoral, é outra história.