O Memória BIT nasceu como uma coleção de artigos, fichas técnicas, reviews e outros conteúdos sobre videogames antigos. Você encontra muita informação sobre aparelhos clássicos como o Atari 2600, máquinas da Sega, Nintendo e essa coisa toda que fez sucesso — ou não muito — no passado. Nossa primeira publicação foi em 17/06/2011, essa aqui.
Às vezes damos aquela "esticada" até consoles atuais, PCs, fliperamas e outros temas de interesse em comum para fãs de diversão eletrônica e cultura pop, afinal ninguém é de ferro (ninguém, Stark!).
Videogames antigos = mais ou menos duas gerações para trás, mas isso não é regra.
Números do Memória BIT:
- Fundação: 17/06/2011
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- Comentários: 1656
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Agora, um breve papo filosófico...
No tempo dos kilo
As unidades de medida vão ficando para trás; nos anos 2010, convivemos com os terabytes. Terabytes de informação, imagens, vídeos, e já achamos pouco, tem gente trabalhando em laboratórios com petabytes. Com a Internet, queremos tudo mais: conhecimento, experiências, som, imagens, tempo.
Mesmo os chamados gênios mal podiam esperar que tamanha seria a demanda por tudo. Abrindo os anos 80, um certo Bill Gates teria afirmado (na condicional, pois há controvérsias sobre a veracidade) que "ninguém precisará de mais que 640 kB de memória em seu computador pessoal". Foi piada ou ele não contava com um sistema operacional sozinho consumindo mais de 500 MB.

E tudo cresce num ritmo absurdo: nos anos 80, convivíamos com, no máximo, kilobytes; nos anos 90, megabytes; nos 2000, gigabytes; hoje, terabytes... E assim seguiremos pelos petabytes, zetabytes e o que vier.
Mas com a mesma velocidade que buscamos e alcançamos tudo, parece que o tempo vai fluindo depressa. Um minuto atrás assistíamos E.T. e achávamos os efeitos especiais ótimos; comprávamos vinis e o som parecia perfeito. Jogávamos games de Atari e era o cúmulo da tecnologia, logo superado pelos consoles 8-bit, logo superados pelos 16-bit, logo superados pelos 32-bit...
Fome de tudo
Mas será que essa demanda serve aos nossos melhores interesses? A necessidade de ter sempre o último lançamento parece que queima etapas. Não se aproveita nada plenamente — tudo é usado por pouco tempo e descartado para dar lugar a um novo item, que também será pouco usado e descartado.
Veja o exemplo do hardware: uma placa de vídeo chega ao mercado como a melhor, e você, animado (ou não tanto, porque é um mês de trabalho ou mais), compra . Aí a atualização poucos meses depois para tirar preciosos tostões de seus bolsos que acabaram de ser depenados para ter aquela que era a mais possante. E no final, pouco proveito tirará desta também, já que a substituta acena no horizonte, e você vai gastar de novo, pois precisa estar "atualizado".
Conclusão a lamentar: a tecnologia ficou mais importante que o conteúdo.
Bons filmes do passado são ignorados, só o primor técnico dos lançamentos interessa; jogos antigos são feios e não divertem, bom mesmo é discutir se o game novo "roda no talo na minha config"... Não sou um antiquado convicto e também gosto do moderno, mas convenhamos que muita diversão está em caixas empoeiradas de livros, filmes, games e músicas.
Essa é a do Memória BIT: trazer à superfície boas memórias do tempo em que nos divertíamos em bytes, kilobytes e (quando muito) megabytes; quando era preciso sair de casa para encontrar um disco com a música que ouvíamos no rádio; quando a informação era melhor absorvida por ser oferecida em doses menores; quando o mundo era menos digital e mais analógico.
Do tempo em que Senna brigava com Prost, o Papa era pop, o Brasil tri, os caras do Metallica cabeludos, celular do tamanho de um tijolo, e a guerra Sega x Nintendo soltava faíscas.
Se você não viveu sem Internet e acha tudo isso baboseira, papo de gente presa ao passado: acredite, foi um grande período que deixou muita coisa boa. Aproveite o conteúdo, experimente tudo que puder e tire suas conclusões.
Mas se você estava lá... não precisa de mais argumentos. Divirta-se com boas lembranças ou, quem sabe, conheça algumas velharias.