O aparelho foi de promessa na 5ª geração a um dos que ficaram pelo caminho. Alto preço e poucos bons jogos — além de alguns horrendos — comprometeram.

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Inovar. Ser o videogame de vanguarda, o líder na 5ª geração de consoles e juntar de vez o entretenimento doméstico dos filmes e fotografias com os jogos, num aparelho só pra família toda curtir. Com tais ideias ousadas veio ao mundo o 3DO, em grande parte pelos esforços de Trip Hawkins, um dos fundadores da Electronic Arts.

O 32-bit produzido com mais destaque pela Panasonic tinha potencial, usando a tecnologia do CD e com um bom trabalho promocional. Mas foi oferecido por um preço altíssimo, ainda mais se comparado aos consoles populares da ocasião. Acabou tachado como "videogame de rico", e quando o hardware não chega às mãos do público, quem vai gastar tempo e dinheiro criando jogos de qualidade?

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Jogos, por sinal, passaram longe de empolgar. Exceto algumas boas versões como Street Fighter II Turbo (aquele da primeira participação do Akuma) e Samurai Shodown, mais um ou outro que se salvava, o resto foi um apanhado de coisas sem personalidade e facilmente esquecíveis (ou melhor dizer traumatizantes?).

Resultado: três anos na praça antes da melancólica descontinuação.

O entretenimento do futuro?

Logo 3DOSob tutela de Hawkins e trabalhos de RJ Mical e Dave Needle, a 3DO Company (fundada em parceria de Panasonic, LG, Time Warner, AT&T, Electronic Arts e MCA) projetou o aparelho não só como um videogame, mas focando em entretenimento doméstico total. Ele reuniria funções como Photo-CD, conversões de games clássicos do PC e segundo o planejamento, logo teria uma biblioteca de exclusivos.

Essa era a meta: uma plataforma multi-tarefa, multi-entretenimento. Seu nome surgiu do pensamento na evolução das tecnologias, que eram audiO, vídeO, 3D...O.

Meio forçado, né?

Em termos de hardware, bem avançada para seu tempo: a versão inicial tinha processador RISC 32-bit, 2 coprocessadores de vídeo, um DSP 16-bit e um processador matemático. Tinha 2 MB de memória DRAM, 1 MB de VRAM, 32KB para salvar jogos e leitor de disco 2x (acha pouco? E o Neo-Geo CD que era velocidade simples?), que lia games, Photo CD, CD+G e, com um periférico para MPEG, Video CDs. O estranho é ter só 1 porta para controle no console, mas outros podiam ser ligados em corrente (um ao outro), até o máximo de 8 jogadores.

Uma porta de expansão permitiria conexão de futuros upgrades como modems, cartões de memória, etc. Ainda um pouco longe do período em que piratear CDs era barato, o 3DO não teve qualquer tipo de trava, proteção anti-pirataria ou de região: quem copiasse um CD conseguia usá-lo em qualquer console sem dificuldade. Foi ainda um dos primeiros a ter som Dolby Surround.

Belo hardware, com objetivos nobres.

3DO FZ-1
O FZ-1 é o modelo mais conhecido do 3DO, produzido pela Panasonic. Belo design.

Apesar de citado como o primeiro videogame 32-bit da história a ser distribuído mundialmente, o mérito também é dado com frequência ao Amiga CD32 — lançado em julho de 1993, cerca de 3 meses antes do 3DO — que tinha processador Motorola 68020. Mas antes deles ainda, o primeiro 32-bit de fato foi o FM Towns Marty, que pouca gente por aqui ouviu falar; lançado só no Japão em 20/02/1993, pela Fujitsu, com distribuição muito reduzida, é um item apreciado por colecionadores.

Por que fracassou?

Os erros começaram cedo, na estratégia de ganhos. A licença para desenvolver jogos era baixa, bem inferior ao que empresas pagavam, por exemplo, à Sega e Nintendo. Isso deveria incentivar a criação de software, e assim logo teriam a sonhada biblioteca, enquanto desenvolvedores lucrariam criando e vendendo games para o 3DO. Na teoria, nada mal.

Como as licenças eram baixas, games seriam baratos — a 3DO planejava faturar pra valer com o preço da máquina. Surgido como uma especificação, podia ser fabricado por diferentes empresas que as seguissem, num modelo similar ao dos videocassete: tecnologia da JVC, mas fabricantes produziam o aparelho e pagavam royalties a eles.

De novo, na teoria nada mal, mas isso ia contra tudo que o mercado havia aprendido em seu período de sucesso recente. Desde o boom do NES, o preço dos consoles era atrativo e quem pagava a conta eram os games. Será que esse caminho inverso da 3DO Company, que remetia ao praticado na primeira era de sucesso, a do Atari 2600, daria certo? A história mostrava que a chance de dar ? era grande.

Após grande campanha que o vendia como "o videogame da nova geração" e outros rótulos pretensiosos, o 3DO foi lançado para bombar no natal de 1993, com oferta de 15 títulos... e o preço exorbitante de US$699,00!

Trip Hawkins 3DO
Trip Hawkins e seu 3DO: o sonho não durou muito.

Era muito, muito dinheiro. Ter um no Brasil? Imagine a dor de cabeça (e de bolso) para trazê-lo nesse valor; não era pra qualquer um. Hawkins afirmou mais tarde que o valor era uma lenda — seu preço real foi apenas US$599,00, ao contrário de "outros mitos que tenham sido reportados". Sei...

Cogitou-se que o preço alto seria para controlar o "nível" dos usuários, mantendo assim só entusiastas com as mãos sobre ele até terminar a fase de avaliação do mercado e aclimatação dos programadores. A base não cresceu como esperado, e com a soma preço alto + poucos jogos, acabou recebendo o "prêmio" de "Pior Lançamento de Videogame em 1993" da revista EGM.

Ainda sem concorrentes em seu patamar, o 3DO disputou espaço com os brigões dos 16-bit, Mega Drive e SNES, que muito mais baratos e com bibliotecas fantásticas, nem tomaram conhecimento do primo rico.

Leia também → A Guerra Sega X Nintendo

Como diria o Chapolin, "em briga de cachorro grande, ninguém mete a colher e a caravana passa". Apanhou, ou melhor, foi massacrado pelos dois.

Acertos e erros

Alguns bons games até saíram no 3DO, dando alento aos "pobres meninos ricos" que depenaram bolsos para adquiri-lo. Além de clássicos de luta como Street Fighter II Turbo e Samurai Shodown (excelentíssimos e fidelíssimos aos arcades), poucos como Return FireGexThe Need for Speed se destacaram.

Pra piorar, a companhia permitiu o lançamento de jogos muito, muito ruins pelos parceiros. A pérola "Plumbers Don't Wear Ties" (veja a introdução abaixo) foi considerada por muita gente como um dos piores "quase games" da história — "quase" porque está mais para uma sequência de imagens, apelando desavergonhadamente às curvas da loira Jeanne Basone.

plumbers-dont-wear-ties
Cena de Plumbers Don't Wear Ties, conhecido como um dos piores games da história.

Way of the Warrior tinha gráficos razoavelmente bonitos (ideia e estilo 100% emprestadas de Mortal Kombat), mas animação e jogabilidade bisonhos. A maior parte dos games parecia versões levemente pioradas do que se jogava nos 16-bit. Inaceitável pra tal hardware e a tal custo.

Em 1995, Sega e Sony inauguravam pra valer a nova geração com Saturn e PlayStation, que assumiriam logo o domínio da cena, e ainda teve o Nintendo 64. A 3DO Company não desistiu de sua estratégia, com preço alto, mas os consumidores estavam com os pés no chão. As vendas não subiram e só em fevereiro de 1996, quanto já partiam para outra plataforma, o M2, o valor baixou. Mas era muito tarde.

Fim do 3DO e o natimorto M2

3DO M2 Protótipo 1
3DO M2 Protótipo 1

Por fim, ficaram sem nada. O console foi descontinuado no fim do ano e a fábrica fechada. Ali estava sendo produzido o que seria o sucessor do 3DO, M2, pela Matsushita (Panasonic). Um hardware poderoso, duas a três vezes melhor para trabalhar polígonos que o Nintendo 64, e ligeiramente superior às clássicas placas Voodoo1 para PC.

Vendo o fracasso do 3DO e o mercado infestado de PlayStation, Saturn e N64, a Panasonic pulou fora e a aventura de Hawkins terminou com o cancelamento também do M2. Algumas unidades do protótipo volta e meia aparecem no eBay com valores nas alturas. A Konami usou o hardware do M2 em arcades no fim dos anos 90, mas o longo tempo de carregamento dos CDs foi impedimento para uma maior sequência de jogos.

O mais louco é que ele continuou sendo empregado por décadas no Japão em máquinas de autosserviço como de venda de café, transações bancárias, etc.

A mesma fábrica do 3DO e M2 mais tarde foi base de produção multiplataforma — incluindo videogames como o PlayStation, Saturn e PCs. A 3DO Company continuou na ativa como softhouse, lançando games para várias plataformas, mas com a baixa vendagem de seus títulos, faliu em 2003. A Ubisoft adquiriu a maior parte dos direitos sobre suas marcas.

Trip Hawkins fundou no mesmo ano a Digital Chocolate, desenvolvendo games para dispositivos móveis e redes sociais. Entre seus títulos famosos estão Zombie Lane, MMA Pro Fighter, Army Attack e Tornado Mania!

Versões

A primeira versão foi lançada pela Panasonic, o FZ-1 R.E.A.L. 3DO Interactive Multiplayer com o preço absurdo de US$699,00. Caiu em 1994 para o valor de US$399,00, mas ainda assim era mais caro que os concorrentes — lembrando que o PlayStation, quando lançado, custava só US$299,00.

Em 1995 veio o FZ-10, também da Panasonic, um pouco menor, mais fino e com mudanças internas, no gerenciamento de memória e posição de LEDs. Seu controle era um pouco menor e mais leve do que a versão FZ-1, mas não tinha saída para fone de ouvido.

3DO Gold Alive II Ad
O Alive II circulou na Coreia também com assinatura LG, época em que a Goldstar passava a usar a marca.

O último da Panasonic foi o ROBO 3DO, exclusivo no Japão. Era basicamente um FZ-1 customizado, com um drive tipo carrossel para até 5 CDs.

Pela Goldstar foi lançado primeiro o 3DO Interactive Multiplayer (GDO-101M), um ano depois do FZ-1 da Panasonic. Devido a diferenças entre os hardwares, problemas de incompatibilidade foram vistos. Apenas na Coreia do Sul, lançaram também o 3DO ALIVE II. Circulou também o Alive II com assinatura da LG — exatamente a época em que a Goldstar passou a usar a marca, depois da fusão com a Lucky Chemical.

Pela Sanyo, o Sanyo TRY apareceu só no Japão. Curiosamente, a Samsung, uma das parceiras no desenvolvimento do 3DO, nem chegou a lançar um aparelho com assinatura própria.

Acessórios

Inúmeras empresas produzindo só podia gerar um montão de acessórios, alguns bons, outros nem tanto. Há desde adaptadores para controles do Super Nintendo, cartões de memória, pistolas, joysticks, volantes, controles com turbo e muito mais.

Alguns entre oficiais e mais interessantes.

 Jogos

A oferta inicial de 15 jogos não agradou: a maioria eram conversões, não produtos específicos como um investimento tão alto pedia. Crash 'n' Burn, game de corrida futurista que acompanhava o console, não empolgava. Vários FMV como Sewer Shark, Corpse Killer e Mad Dog McCree faziam pouco melhor que no Sega-CD, com gráficos em tela inteira e melhorados, mas bem aquém do que o público queria de um monstro 32-bit.

O pacote seguinte, lançado cerca de um mês depois, decepcionou ainda mais com uma série de 2D que mais pareciam feitos para os 16-bit. A única grande surpresa positiva foi Gex, jogo do lagartão que misturava tecnologias 2D e 3D, de forma similar ao feito na produção de Donkey Kong Country, do SNES. Acabou como mascote do 3DO.

Gex, um dos melhores games do 3DO
Gex, um dos melhores games do 3DO

Alguns valem a pena, como a versão de Street Fighter II Turbo, o próprio Gex, o divertidíssimo Road Rash (joguei muito nas locadoras) e simplesmente a estreia de The Need for Speed, que dispensa comentários.

O 3DO fechou o ciclo com pouco menos de 250 lançamentos. Mesmo tendo o "multimídia" no DNA, pouco disso foi visto, exceto uns atlas 3D e cursos de idiomas.

Alguns populares:

  • Alone in the Dark (1994)
  • Crash 'n Burn (1993)
  • Escape from Monster Manor - A Terrifying Hunt for the Undead (1993)
  • Killing Time (1995)
  • The Need for Speed (1994)
  • Policenauts (1995)
  • Road Rash (1994)
  • Samurai Shodown (1994)
  • Star Wars - Rebel Assault (1993)
  • Super Street Fighter II Turbo (1994)
  • Twisted - The Game Show (1993)

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10 COMENTÁRIOS

  1. Com tantas empresas fabricando o console ele jamais deveria ter sido lançado a esse preço. Vejam, se o PS5 que promete ter um hardware de ponta for lançado hoje a este valor, não vai vender tanto e é capaz da Microsoft vencer essa geração, aí você imagina 699 dólares a 25 anos atrás, totalmente fora da realidade, Se fosse lançado a no máximo 399 e depois baixasse pra 299, teria vendido mais e quem sabe mais produtoras se animassem a produzir pro console. Ainda sim me lembro com carinho do console, depois que vi Need for speed rodando nele pela primeira vez numa locadora, tudo mudou...

    • Need for Speed, Road Rash e o port razoável de Street Fighter II X foi a nata do 3DO, eram o que me fazia querer um. Mas com esses preços era proibitivo mesmo.

  2. Olá. O 3DO foi caor, mas não "tão caro assim", aqui no Brasil. Na epoca um amigo meu viajava para o exterior e eu pedi a ele para comprar o 3DO para mim. Ele me trouxe por cerca de 400 dolares, o 3DO FZ1 da Panasonic (o que ficou conhecido como o mais caro e mais bonito). O dolar estava baratíssimo a epoca (começo do plano Real, do FHC, quando 1 real valia 1 dolar), então não foi tã caro assim (na epoca já tinha um cara vendendo no jornal a R$ 650). Com o tempo, revendi este (por R$ 600, lucrando 50% do valor em cima), e pedi a ele (que viajava a trabalho e podia me trazer 1 por vez, pelo preço de custo, sem adicional) o FZ10, o novo modelo da Panasonic. Depois revendi o FZ10 e pedi a ele o da Goldstar (empresa coreana). Ao final, revendi tb o Goldstar e fiquei mesmo com o FZ10 (que pedi de novo). Tempos depois, na era PS1, mesmo sem vontade, mas atendendo a pressão de um amigo, revendi a ele o FZ10 e não fiquei com mais nenhum. Tive todos os "3 modelos". O melhor era o FZ1, em termos de saida de video, cor na tela (mais viva) (Panasonic). Dizem que a gaveta do CD dava problema, mas nunca experimentei isso. O melhor controle era o da Goldstar, muito preciso, "duro", firme (os da Panasonic os direcionais eram molengas, pareciam frageis e os botões não eram tão precisos tb). O FZ10 era um meio termo em termos de controle (não tão bom quanto da Goldstar), mas muito, muito superior ao do 1º modelo da propria Panasonic, o FZ1, um pouco mais firme, menor e mais anatomico (só não tinha saída de fone de ouvi), a gaveta era top loader, que era mais resistente a problemas, uma versão mais slim e barata do anterior. O FZ era cerca de 400-450. O FZ2, cerca de 300, e o Goldstar (acreditem...), 250 (fora lançado a 450, mas logo caiu de preço). 700 dolares é lenda. O melhor modelo não existe, porque todos tinham caracteristicas melhores que os outros: O FZ1 era o mais bonitão, controle péssimo, melhor saída de video (cores lindas, saida Svideo tb), mas mais caro. O FZ10 era o mais resistente, controle bom, preço baixo-medio. O Goldstar era feio, inferior em imagem, controle excelente. Ah... esqueci de dizer... O Goldstar era o menos resistente dos 3, a gaveta de CD vivia dando problemas... Com o tempo não abria mais (pouco tempo, aliás, tipo, depois de umas 100 ou 200x), dizem q o problema era o flat cable (q liga o CD ao hardware, internamente) de qualidade absolutamente pessima da Goldstar, que causaria micro rachaduras nos estiletes do fio prensado, em pouquissimo tempo, zero de flexibilidade, devido ao encolhe-estica quando ejeta e encolhe a gaveta do CD, o que resultava em unidades sendo toda hora devolvidas aos lojistas. Se não fosse por isso, pelo preço, seria o melhor (apesar da imagem mais feia, mais escura, cores menos vivas, q os da Panasonic).

    Havia muitos CDs piratas dele, prensados na China, prateados, em que o preço era a metade do original (caros). Estranho pessoal dizer que não tinham trancas e eram faceis copiar, porque amigos meus tentaram na epocar copiar (o copiador de CD o preço era proibitivo e os aparelhos cheios de limitações e problemas, mdiias caras, softwares de gravação ineficientes, facil perder mdiias por gravação defeituosa) e não conseguiram. Não aparecia sequer o diretorio no Windows. Muito mais tarde soube que daria para copiar se fosse o "CD inteiro" copiado as cegas nos ultimos softwares mais avançados, porque "existiria" uma tranca sim, marota, mas existia: os jogos seriam gravados de trás pra frente nos CDs, ou seja, ao invés do interior do CD em direção ao exterior, era o contrario: do exterior para o interior, logo o Windows obivamente não acharia arquivos porque não os alcançaria, estariam do outro lado ao que a cabeça leitora do laser normalmente faria. Um truque maroto.

    Jogos... Realmente poucos eram bom, menos de 10. Mas se destaca todos os games da EA (O The Need, 2 the naves 3D, e PRINCIPALMENTE o Road Rash, versão 3D a epoca exclusiva, muito alardeada nas propagandas do poderio do 3DO antes do lançamento, e realmente, era o jogo que tirava O MAXIMO do hardware, o mais lindo e mais gostoso de jogar, o melhor, classico - mas que foi ultrapassado quando uma versão melhorada foi lançada muitos anos depois, quando o #Do já tinha morrido, no PS1, melhorada pq era mais rapida e não tinha os slowdowns que esse tinha no 3DO - slowndowns, visto a baixa velocidade de 12Mhz da CPU - contra 33MHz do PS1 - era uma das coisas que pragueavam este videogame). Então, os melhores jogos... The Need (apesar de visual lindo e inédito no mundo, realismo nunca antes visto, injogavel, controle ruim, fisica exagerada - o bom eram as batidas e cambalhotas exageradas espetaculares, unica versão assim, a trilha sonora espetacular, e os filminhos satirizando, de altissima qualidade, coloridos), o Road Rash (o melhor), o Gex, o Return Fire (sensacional, tipo de jogo unico na epoca, muito divertido, o 2º melhor jogo depois do Road rash), uns 2 de nave 3D da EA (que não me lembro o nome - todos da EA eram bons), e, obviamente, a meia duzia de jogos de "tiro com pistola", FMV, da American Laser games (divertidissimos, vindo dos arcades, filminhos, mas tinha que comprar o periferico da pistola). E só. De resto só tranqueira. Way of the Warrior era uma piada lamentavel, controles ruins, injogavel, animações ruins. Samurai e Street eram OK, MUITO bonitos, coloridos vibrantes, mas as animações eram toscas (poucos quadros), controles quase injogaveis (falhos, provavelmente pouco otimizados o software dos jogos, e porque sofriam de atrasos promovidos pela CPU de baixa velocidade, que tinha que lidar com muita coisa). Samurai e Street não bonitos e OK, mas medianos, portanto. Pode entrar na "lista dos 10", mas dos top mesmo eu tiraria fora.

    • Obrigado pelo comentário longo e esclarecedor. De qualquer forma, não encontrei referências sobre o modo de gravação e leitura dos discos que citou. A maior limitação era ter como fazer a gravação — afinal, um gravador de CD não era exatamente algo barato, longe disso. Donos de 3DO relatam que basta gravar a imagem num CD-R e rodar sem qualquer problema, bastando alguns cuidados.

      Do FAQ do 3DO no GameFaqs:

      "[1.11] Can I play CDR backups of 3DO games on my Panasonic/Goldstar 3DO?
      A: Yes. Most units have no problems reading games copied to a CDR. Some people have complained that their units will not run CDRs though. This is likely caused by 1. Low quality CDR media, 2. Older or bargain basement CDR recorders, 3. A bad burn, 4. Possible laser alignment issues from general wear and tear on the 3DO itself. If you wish to backup your games to preserve the original disk, you should 1. Use good quality CDR media, 2. Avoid disk to disk
      copying(Copy the game to your hard drive first.) 3. Burn at a slower speed (4x or 2x are recommended."

      [1.11]Posso jogar backups em CDR do 3DO em meu 3DO Panasonic/Goldstar?
      R: Sim. A maioria das unidades não têm problema lendo jogos copiados para um CDR. Algumas pessoas têm reclamado que suas unidades não rodam CDR, contudo. Isto é provavelmente causado por 1. CDR de baixa qualidade 2. Gravadores de CD antigos ou de liquidações de lojas 3. Gravação ruim 4. Possível problema no alinhamento do laser do próprio desgaste do 3DO. Se quiser fazer backup dos seus games para preservar os discos originais, você deve 1. Usar CDRs de boa qualidade 2. Evitar gravação direto de disco para disco (copie o jogo para seu disco rígido primeiro) 3. Gravar numa velocidade menor (4x ou 2x são recomendadas).

      https://gamefaqs.gamespot.com/3do/918744-3do/faqs/2608

  3. A versão Goldstar foi onde a primeira vez que joguei o clássico need for speed, bons tempos!!!!
    O estranho era jogar com duas pessoas no video game e alguns jogos o load não era tão rápido...mas tinha alguns jogos interessantes. O video game era muito caro e muitos na época preferiram até comprar o Neo Geo Cartuchão que me lembro!!!!
    Bons tempos de Road Rash um dos melhores jogos da época!!!!!valeu

  4. Eu tive! Comprei quando podia já ter adquirido um play... mas o cara da loja me convenceu (sacana, rsrsrs) Sinceramente...acho que o ideal era a Sony ter se aliado à Nintendo (pra evita as burrices da segunda), e a Sega ao 3Do e Atari (pra evita a burrice das três).
    Houveram videogames demais...dispersando muitos jogos. Se vc quisesse ter videogames na década de 90, teria que constituir uma estante inteira!
    No caso desse, fracassado, os melhores jogos acabaram saindo para o Play posteriormente.
    Esse videogame pagou o pato por ter sido um dos pioneiros... e ficou isolado, e só serviu de exemplo para o que não se deve fazer no futuro. A nova geração estava predestinada para a metade da década.

  5. Na minha opinião essa versão de Street Fighter foi a melhor lançada para consoles 32bits ( se é que se pode chama-lo assim) dos games citados escolheria Need for Speed e Samurai Shodow também, cheguei a curtir alguns games pelo emulador, embora serem poucos, valia pela nostalgia, muito legal o post, parabéns!
    Abraço!

    • Obrigado, Logan! Eu também não joguei quase nada no console, e só um pouco no emulador. Sugiro Gex, bom game pra quem curtiu a geração 16-bit.
      Abraço!

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