Semanas atrás, circulou a notícia de que a Take-Two, holding da Rockstar e da 2K, queria comprar a Codemasters. Bom, queria... Como querer não é poder, a Electronic Arts fez uma oferta maior e levou.
Por US$1,2 bilhão, a desenvolvedora de jogos como Dirt, Formula One e Grid saiu das mãos da empresa que faz Red Dead Redemption e GTA e foi para a tradicional produtora de games esportivos.
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Cá entre nós, parece fazer mais sentido a EA, que lançou nomes como Need for Speed, Burnout, Road Rash e a série FIFA lidando com as renomadas franquias da Codemasters, não? A Take-Two têm a 2K, claro, mas não dá pra comparar com o grandioso histórico de jogos de esporte da EA.
"A Electronic Arts e a Codemasters compartilham da ambição de liderar a categorias de games de corrida", disse o chairman da Codemasters, Gerhard Florin. "O quadro de acionistas da Codemasters firmemente acredita que a empresa se beneficiará do conhecimento, recursos e do extenso alcance global da EA – tanto de forma geral quanto no segmento específico de corrida".
O CEO da Electronic Arts, Andrew Wilson, acrescentou que "nossa indústria está crescendo, a categoria corrida está crescendo e junto nos posicionaremos na liderança de uma nova era de entretenimento em corrida. Admiramos o talento criativo e os jogos de alta qualidade da Codemasters há anos."
E agora? Ultimate Team no F1? DLC fest?
A curto prazo? Agora nada. A Codemasters deve continuar seu trabalho como uma espécie de divisão da EA, não acho que tenham interferência muito aguda no começo. Os jogos funcionam e enquanto estiver assim, a EA não vai mexer tanto.
Em novembro de 2019, a Codemasters havia comprado a Slightly Mad Studios e colocado a série Project Cars no portfólio. Isso significa que praticamente todos os principais racing games do mercado estão sob o grande teto da EA – desde os mais arcade como NFS e Burnout, passando pelos intermediários Dirt, Grid e F1, até o "quase simulador" Project Cars.
Nem tudo são flores e o que a EA e Codemasters farão com tanta franquia, só o tempo vai mostrar. Need for Speed, por exemplo, está há tempos nas mãos da ex-second party sueca Ghost (hoje uma divisão, a EA Gothenburg); os últimos games da franquia não foram lá grandes sucessos. E Project Cars 3 foi considerado menos simulador que jogos anteriores – mais um virando arcade? Onde fica no meio de Grid e NFS?
Parece que a EA está empenhada em controlar o gênero, suficiente para lançar US$200 milhões acima da oferta anterior da Take-Two. Não que algumas características não possam começar a mudar em breve. Já pensou um "Ultimate Team" com pilotos?