Você pode não reconhecer o nome, mas lembrará das artes. Morreu ontem o britânico Bob Wakelin, artista de capas importantes especialmente nos anos 80, trabalhando para a Ocean Software.
Sua carreira começou com o boom dos jogos de computador da época, ilustrando para sistemas como ZX Spectrum e Commodore 64. Após concluir o curso de artes, caiu no ramo quase por acidente — encorajado por um colega a tentar uma vaga na londrina Ocean.
Ali produziria pérolas como New Zealand Story, Batman, Rainbow Island, RoboCop, Renegade, Chase HQ e outras. Algumas se sobressaíam até ao conteúdo. Como ele mesmo contaria anos depois:
Algumas vezes os caras da Ocean me diziam 'Olha Bob, esse game na verdade não é tão bom, então precisamos de uma capa extra especial'. Acho que eu deveria me sentir culpado por isso.
Um dos principais nomes da indústria local, Wakelin às vezes produzia até 3 capas por semana. A capa de Daley Thompson's Decathlon, por exemplo, foi feita em dois dias.
Seu estilo, inconfundível, era dinâmico, focado em movimento, como em quadrinhos. Isso fica claro em Batman: The Caped Crusader. Também apelava ao mais realista, como em Renagade e Operation Wolf. Ou ao cartoon, como Rainbow Island e New Zealand Story.
A arte de Gryzor, port europeu de Contra, caiu nas graças da Konami, que a usou nos ports europeu e americano para o NES. Curiosamente, por não ser muito fã de games, não tinha noção do próprio reconhecimento no meio. Em entrevista ao site Exotica, disse apenas que Contra parecia ser um "clone de Predador/Alien, então forneci uma imagem estilo Predador/Alien - com poses tiradas de Arnie em Predador".
Capas de jogos do mega drive, nes e até mesmo do bom e velho Atari marcou muito em minha vida...as vezes o jogo não era tão bom quanto aparentava...mas a arte em si envolta do jogo já atrai por curiosidade.valeu