Nos anos 90, dois lutadores jamais controlados marcaram lugar na história. Aparecendo na abertura do provável jogo mais popular do arcade na década, o "loiro" e o "negro" em Street Fighter II não estavam entre os selecionáveis, e nem estrelaram nenhuma outra produção da casa.
Especulou-se muita coisa. Alguns diziam que eram só caras genéricos, sem qualquer importância no universo da série. Outros, que seriam Joe e Mike, de Street Fighter I. Plausível, sim. Mas nunca houve confirmação, até onde consta.
No port doméstico para Genesis, o negro foi substituído — a Capcom foi acusada de racismo por mostrá-lo levando um soco — ao contrário da versão oriental, que manteve a sequência da luta e do edifício intacta. Os anos passaram, vieram novos Street Fighters e a intro passou a dar destaque a Ryu, Chun-li e outros jogáveis, mas a pergunta continuava: quem eram os sujeitos, afinal?
Quase 25 anos depois, a Capcom resolve trazer à tona (ou inventar) a informação. No portal CFN (Capcom Fighters Network) foram publicadas biografias de ambos na seção "Referência dos Personagens".
O loiro chama-se Scott, um ex-boxeador americano segurança de bar, agora envolvido em lutas de rua.
O negro é Max, boxeador peso-pesado que gosta de luxo e brilho, e costuma ter problema com jogos de azar.
Como de costume, a Capcom publica informações estranhas na biografia além de estilo de luta e características físicas, como gostos pessoais e tipo sanguíneo (provavelmente por causa da teoria das personalidades por tipo sanguíneo). Curioso que Scott manteve-se praticamente o mesmo de Street Fighter II, enquanto Max ganhou uma cabeça raspada, camiseta e óculos escuros.
Segundo a publicação, eles podem ser futuras estrelas de Street Fighter V, o que explicaria o surgimento das bios tanto tempo depois. Seria no DLC planejado para logo? Vamos aguardar.