O que a Capcom fazia antes de Street Fighter? Um mahjong safadinho

Antes de sucessos mundiais, o pessoal da Capcom estava ocupado com outras coisas...

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O Mahjong é um tipo de dominó chinês, um dos jogos mais antigos da humanidade. Sua enorme popularidade na Ásia levou à criação de vários games e sabe-se lá por quê, muitos com conteúdo er0t1co. Em algum ponto, o pessoal do game design japonês concluiu que mahjong em si não era divertido, faltava um tempero.

O que melhor para atrair moleques do que uns mamilos pixelados? Hadouken? Talvez, mas só dali uns quatro anos. Assim nasceu uma onda de títulos das mais diversas produtoras. A maioria nanica, apostando naquilo para faturar um troco.

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Mas nem só de anãs foi feita a história dos mahjongs safadões; teve empresa grande na parada. Talvez você se surpreenda, mas até a Capcom andou metida no nicho. Disfarçada, mas estava lá.

Antes de Street Fighter, caras que desenharam Ryu e sua trupe desenhavam... você sabe.

Nota
O artigo foi parcialmente desmonetizado sob alegação dos anunciantes de "conteúdo sexual", mas vou mantê-lo porque além de, na minha opinião, não ser conteúdo sexualmente gratificante, o registro é válido. De qualquer forma, se você acha chocante ver conteúdo adulto (devidamente censurado), siga com cautela.

Só pensam naquilo

As ilustrações de Akiman sempre tiveram uma tendência de mulheres exuberantes e homens fortes. Imagem: blog de Akiman.

A Capcom foi fundada no começo dos anos 80, e de seu primeiro arcade, Vulgus (1984) até Street Fighter (1987), não fez nada muito lucrativo. A maioria das franquias principais vieram a partir do fim da década, como Street Fighter II e Strider. Exceção notável foi Ghosts 'n Goblins, de 1986, que vendeu bem e mais tarde daria origem ao ainda mais famoso Ghouls 'n Ghosts.

Então, se havia um assunto dando dinheiro, o negócio era investir, por que não? No meio dos anos 80, arcades japoneses fervilhavam com jogos que iam de Space Invaders e Pac-Man aos obscuros mahjongs e carteados com mulheres peladas. Não havia lei que os proibissem – só na década de 90 apareceu um esboço de regulamentação. Então, o limite era autoimposto.

É quando surge a Yuga.

"Yuga Fire"? Não, Yuga desenvolvedora, que produziu Mahjong Gakuen - Sotsugyohen, um mahjong de conteúdo adulto com qualidade consideravelmente superior aos nanicos corriqueiros.

Mas o que a Yuga e a Capcom têm em comum? Não pegaria bem para uma empresa do porte da Capcom, ou com suas pretensões, mergulhar em tal temática. Mahjong Gakuen foi produzido pela Capcom e lançado sob o nome Yuga.

Nos créditos, estão nomes bem reconhecidos. No design geral, um certo "Akiman": Akira Yasuda, desenhista de vários personagens de Street Fighter. Era seu primeiro trabalho na Cap..., ou melhor, na Yuga, antes de hits como o próprio Street e Final Fight. A produção geral é creditada a Yoshiki Okamoto, também de Street. A música é de Tamayo Kawamoto, compositora que esteve na Capcom de 1984 e 1990, produzindo trilhas para Ghouls 'n Ghosts, Last Duel e Forgotten Worlds, entre outros.

Mas e o jogo?

Fora o óbvio, ou seja, que é um mahjong, há uma série de personagens femininas apostando ██ █████. Derrotadas, elas aparecem "à vontade". A novidade é que há um botão específico para interações.

Que tipo de interações? Despir, jogar líquidos, acender lanternas pra enxergar melhor as █████ delas, etc. Aparecem também mãos supostamente masculinas, que controladas pelo jogador, podem... enfim. Quanto mais rápida a "interação", mais elas ficam despidas, passo a passo. É como um strip-tease, com menos roupa progressivamente, até que enfim o jogador pode █████ suas ███████. Isso mesmo que você pensou.

Vendo as personagens, nota-se que Yasuda já andava vislumbrando certas figuras. Há uma personagem um tanto parecida com o que seria Chun-li. Por motivos óbvios, não vou publicar imagens – o negócio é bem pesado. O desenho é de muito boa qualidade, visivelmente superior aos toscos de quase sempre.

Tá, eu menti. Algumas imagens censuradas:

O jogo ficou tão explícito, que mesmo no Japão, virou meio que ovelha negra dos arcades. Só aparecia nos cantos mais escuros. Mesmo assim, ganhou destaque poucas vezes visto no segmento. O sistema de interação influenciou o trabalho de outras empresas, como Lady Killer (Yanyaka) e Gals Panic S (Kaneko).

A Capcom o lançou até internacionalmente: Poker Ladies reaproveita os gráficos, trocando o tipo de jogo para algo mais aceito pelos ocidentais. Lógico que o lançamento foi por outra subsidiária-escudo, chamada Mitchell.

Mesmo com a sacanagem, a Capcom conseguiu criar um conceito.

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4 COMENTÁRIOS

  1. Capcom danadinha. E ainda por cima usando um outro nome kkkkkkkkk caramba, pro jogo ficar underground até no Japão é porque a "yuga" pegou pesado! ^_^

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