Phantasy Star IV (Fantashī Sutā Sennenki no Owari ni, ou Phantasy Star: The End of the Millennium no Japão) é um jogo do gênero RPG, lançado para o Mega Drive em 1993. Manteve quase todos os elementos da série, incluindo novos como ações combinadas e técnicas.
Apesar de ser o quarto na linha, é continuação direta de eventos do segundo jogo (já que Phantasy Star III tem um enredo diverso) e tido como o fim da trama original. O jogo manteve quase todos os elementos prévios da série, incluindo novos como ações combinadas e técnicas.
Desde o lançamento, Phantasy Star IV recebeu críticas quase todas positivas, sendo considerado um dos maiores RPGs do Mega Drive e da história por críticos e fãs.
Jogabilidade
Phantasy Star IV é o típico RPG da era 16-bit, com todos os elementos da série, incluindo exploração de campos, interação com NPCs e combate baseado em turnos. Como nos jogos anteriores, personagens tem suas próprias estatísticas e equipamentos que determinam o desempenho, e podem aumentar os limites subindo de nível através de experiência - adquirida em combate.
Como personagens entram e saem do grupo com alguma frequência, o jogador deve decidir como ajustar a equipe para manter os melhores atributos de forma equilibrada - por exemplo, deixando um forte na espera para usar um curandeiro ao enfrentar chefes.
Uma das melhorias foram as técnicas combinadas, que somam 14 (segundo o manual, 15, mas essa outra jamais foi encontrada, provavelmente indicando erro do manual). Combinando técnicas de diferentes personagens, consegue-se um efeito novo como ataques que acertam monstros em grupo, ou muito poderosos.
Personagens
Chaz Ashley - 16 anos, é o protagonista. Está em processo de conclusão de seu treino na Hunter's Guild, instruído por Alys, quando se envolve na aventura. Personagem equilibrado, capaz de usar técnicas de ataque, armas e equipamentos pesados.
Alys Brangwin - uma das caçadoras mais experientes de Motavia, lidera o ranking da Hunter's Guild. É a mestre de Chaz, num papel que mistura mãe e irmã mais velha. Tem habilidade de ataque e uso de técnicas e equipamentos, principalmente cortantes como bumerangues.
Hahn Mahlay - estudante da Academia de Piata, junta-se a Chaz e Alys quando começam a investigar distúrbios em Aiedo. Não é muito forte, sendo constantemente extorquido por Alys em troca de proteção. Usa adagas mas tem pouca força, o que é razoavelmente compensado por técnicas.
Rune Walsh - enigmático e mordaz, junta-se ao grupo nas ruínas de Molcum. Tem alguma diferença anterior com Alys, e é um dos últimos habitantes de Algol a conhecer as antigas forças da "magia" (as magias de RPG, que na história são conhecimentos esquecidos há muito tempo). Faz o tipo feiticeiro de RPGs, com pouquíssima força de ataque e defesa, mas magias poderosas e grandes técnicas de ataque.
Gryz - guerreiro motaviano e um dos dois únicos refugiados de Molcum. Junta-se ao grupo em Tonoe, onde vive sob a proteção do Ancião Motaviano. Seus objetivos são proteger Pana (a outra sobrevivente e última familiar da raça) e vingar-se pela destruição de seu lar, contra Zio. Típico personagem forte que usa armas muito pesadas, mas sem habilidades técnicas.
Rika - é uma Numana, produto de milhares de anos de pesquisa em engenharia genética pela inteligência artificial Seed. É um clone superior de Nei (personagem marcante da saga, que aparece em Phantasy Star II), originalmente criada por vontade de Seed e desde seu nascimento ocupa o "papel" de filha da inteligência artificial. Junta-se ao grupo após a auto-destruição de Seed e as aventuras são o primeiro contato real que tem com o mundo exterior. Ágil e boa em combate, usa garras como arma e também tem técnicas de cura e proteção.
Demi - andróide criada por Wren para regular o controle central de Motavia. Foi aprisionada por Zio como parte do plano para desequilibrar Algol. Junta-se ao grupo ao ser libertada por eles. Forte em combate, usa armas e equipamentos pesados, mas não usa magia.
Wren - andróide que vive na estação espacial Zelan, junta-se ao grupo em definitivo e torna-se um dos protagonistas junto com Chaz, Rika e Alys. Esteve em funcionamento por mais de mil anos, então detém grande conhecimento sobre equipamentos e a história do sistema. Muito parecido com Demi, com grande poder de ataque, mas vulnerável à magia.
Raja - sacerdote dezoriano, é um ancião sempre de bom-humor, com grandes técnicas de cura e proteção. Entra para o grupo depois que a nave deles cai sobre seu templo. É o personagem "curandeiro" do time, logo bastante vulnerável e fraco para atacar.
Kyra Tierney - impetuosa garota Esper que junta-se ao grupo quando são atacados por plantas carnívoras. Quer descobrir a causa de uma doença que se espalha por Dezoris, e busca informações sobre Lutz, o fundador da ordem dos Esper (Lutz é o mesmo Noah do primeiro Phantasy Star). Equilibrada, lembra as habilidades de Alys, e usa slashers, contando com um repertório de técnicas de ataque.
Seth Shizlabram - arqueólogo que encontra o grupo no Soldier's Temple. Junta-se ao com o argumento de procurar um antigo artefato, mas depois descobre-se que seus objetivos são maiores...
História e desenvolvimento
Lançado originalmente no Japão em 1993 num cartucho de 24 megabit, o jogo atrasou bastante até a completa tradução e lançamento nos Estados Unidos, o que só aconteceu em 1995. Com o subtítulo The End of the Millennium no Japão, o objetivo era descolar o game da sequência numérica, já que Phantasy Star III teve um enredo diferente dos demais.
Como foi lançado no resto do mundo só como Phantasy Star IV, criou certa confusão em relação a continuidade de tramas. Apesar disso, todas as telas-título mostram "Phantasy Star: The End of the Millennium".
Rumores da época apontavam que a continuação da série aconteceria no Mega-CD com um game chamado "Phantasy Star: The Return of Alis", sequência aos eventos de Phantasy Star III e tendo como base "o tráfico intergalático de escravos", segundo matéria da GamePro de julho/1992. Teria no mínimo 240 megabit, labirintos 3D (no estilo do game original do Master System), muitas cutscenes em vídeo e narrações. Mas as baixas do dispositivo de CD teriam levado o projeto ao cancelamento e ao desenvolvimento do título bem diferente lançado em cartucho.
Phantasy Star IV é avaliado por fãs e crítica como um dos grandes RPGs dos 16-bit e um dos maiores games da história. Entre notas de reviews e votações, tem 87% em média do Game Rankings (quarto maior do Mega Drive), nota 9/10 do site IGN, 90% do RPG Fan, além de notas altas em revistas da época. Avaliações após o lançamento no Virtual Console também foram favoráveis, como o da Nintendo Life (9/10) (destacando a coesão da trilha sonora e os gráficos "entre os melhores dos 16-bit") e de novo da IGN (9/10).
Como foi o último a seguir o enredo iniciado com o primeiro game do Master System, Phantasy Star IV é tido por fãs como o fim da saga original. Posteriores como Phantasy Star Online e Phantasy Star Universe não se relacionam diretamente com os eventos daqueles.
Créditos
Diretores: Rieko Kodama, Tohru Yoshida, Kiyoshi Takeuchi
Planejadores: Kazuyoshi Tsugawa, Akinori Nishiyama
Programadores: Yoshiaki Endo, Daisuke Yamamoto, Masatoshi Shibata, Makoto Funabashi
História Original: Tohru Yoshida
Script: Akinori Nishiyama
Direção de Som: Izuho "Ippo" Takeuchi
Sistema de Batalha: Kazuoyshi Tsugawa
Programa de Batalha: Yoshiaki Endou
Assistente do Programa de Batalha: Makoto Hunabashi
Design Gráfico dos Monstros: Kazuyoshi Tsugawa, Tohru Yoshida, Akinori Nishiyama e Tsukasa Mori
Design de Background de Batalha: Rieko Kodama e Kazuyoshi Tsugawa
Planejamento do Sistema: Akinori Nishiyama
Programação do Sistema: Daisuke Yamamoto
Assistente de Programação do Sistema: Masatoshi Shibata
Design Gráfico do Campo: Rieko Kodama
Design dos Personagens: Tohru Yoshida
Design Mecânico: Kazuyoshi Tsugawa e Akinori Nishiyama
Design dos Mapas: Tohru Yoshida, Akinori Nishiyama, Kazuyoshi Tsugawa e Tsukasa Mori
Design dos Objetos: Akinori Nishiyama, Kazuyoshi Tsugawa, Tohru Yoshida e Rieko Kodama
Design da Fonte: Akinori Nishiyama
Plano dos Eventos Visuais: Tohru Yoshida
Plano dos Eventos Papaet: Akinori Nishiyama
Programação dos Eventos: Daisuke Yamamoto
Assistente de Programação dos Eventos: Masatoshi Shibata
Gráfico dos Eventos Visuais: Tohru Yoshida, Reiko Kodama, Kazuyoshi Tsugawa e Tsukasa Mori
Composição Musical: Izuho "Ippo" Takeuchi e Masaki "Gakichan" Nakagaki (Yoshimi Nakagaki)
Programação do Som: Izuho "Ippo" Takeuchi e Yoshiaki Kashima
Efeitos Sonoros: Izuho "Ippo" Takeuchi e Masaki "Gakichan" Nakagaki (Yoshimi Nakagaki)
Direção: Rieko Kodama e Tohru Yoshida
Arte da Capa Japonesa: Hitoshi Yoneda
Arte da Capa Americana: Boris Vallejo
Produtor: Jerry Markota
Gerente do Produto: Jaime Wojick
Coordenador: Masanobu Tsukamoto
Tradução de Texto: Shippy Ohka
Editores de Texto: Jerry Markota, David Forster e David Wood
Testador Chefe: David Forster
Assistentes do Testador Chefe: David Wood e Gregg Vogt
Testadores: Crisi Albertson, Janine Cook, John Amirkhan, Derek Carmichael, Arnold Feener, Todd Pifer, Stanley Weaver, Mike Callahan, Ed Chennault, Randy Kreidt, Rachael Bristol, Peter Clark, Mark Griffin e Michael Wu
Manual: Wendy Dinsmore
Agradecimentos Especiais: Clint Dyer, John Sauer e Rick Raymo
Enredo
A trama se passa mil anos após os eventos de Phantasy Star II, quando o Cérebro-Mãe foi destruído – assim como o planeta Palma, matando 90% da civilização. O jovem caçador de recompensas Chaz Ashley, junto com a mentora Alys, investiga o súbito surgimento de biomonstros, termo genérico para designar estranhas e violentas aberrações da fauna e flora motaviana. Isso os leva a descobrir um velho inimigo do sistema Algo.
O texto da introdução:
A longa, longa batalha de tempos ancestrais finalmente acabou...
O vitorioso sacrificou o derrotado para os céus. Quatro sinos dobraram. Quatro tochas foram acesas. E o mundo seguiu por milhares de anos...
O sistema solar Algol, em algum lugar do espaço... Certa vez uma brilhante civilização floresceu aqui. Os cidadãos devotaram-se às artes e ciência, e a vida era boa e próspera.
Então foram atingidos por uma série de desastres. O vasto sistema de gerenciamento, "Cérebro-Mãe", foi destruído, tal como o primeiro planeta, Parma. Mais de 90% da população do sistema morreu, e o avanço tecnológico e cultural se perdeu.
A sociedade declinou numa espiral até que só grupos esparsos pudessem lembrar que tempos melhores já haviam existido.
Mil anos se passaram. Enfim a civilização se desenvolve por todo o sistema Algol. O povo está voltando a pensar na vida de forma mais fácil. Velhos conhecimentos estão sendo redescobertos.
Mas justo quando as coisas pareciam iluminadas, por uma fenda há muito fechada, um mal escuro e muito antigo se move...
Trilha Sonora
Trilha sonora
A trilha composta por Izuho Numata (creditado como I. Takeuchi) e Masaki Nakagaki (assistente) é considerada uma das melhores – se não a melhor – do Mega Drive, fazendo excelente uso do áudio do console.
Parte foi lançada na compilação Phantasy Star Collection Sound II (catálogo RS-2, publicado por Rock-Za), em 1993 – incluindo 12 faixas sendo alguns remixes e medleys, com arranjos de Akira Sasaki, está fora de catálogo e é bem difícil de ser encontrado.
As faixas podem ser ouvidas no sound test do game após terminá-lo.
- The end of millennium
- Motavia town
- Field Motavia
- In the cave
- In the cave
- Meet them head-on!
- Winners!
- Inn
- Now on Sale
- Motavia Village
- Tonoe De Pon
- Jijy No Rag
- Behind the Circuit*
- Pao-Pao Organic Beat*
- The Black Blood
- Laughter
- Red Alert
- Pain
- Machine Center
- Land Master AXV-25*
- PS1 Dungeon Arrange 2
- Her Last Breath*
- Dezoris Town 1
- Dezoris de Don
- Requiem for Lutz
- Tower
- Ryucross Field
- Ooze
- The Promising Future 1*
- The Promising Future 2
- Staff Roll
Imagens
Ficha técnica
- Desenvolvimento
- Sega
- Produção
- Jerry Markota
- Jogadores
- 1 (single-player)
- Estilo
- jRPG
- Personagens
- Chaz Ashley , Alys Brangwin, Hahn Mahlay, Rune Walsh, Gryz , Rika, Demi , Wren, Raja, Kyra Tierney, Seth Shizlabram, Zio, Reipard Lashiec, Dark Force, Profound Darkness
Pow ainda não terminei esse, só joguei o 3.
Vou ver se jogo na minha Raspberry Pi 4, ou no Celular.
É bem melhor que o 3, pode ir com tudo.
acho que vou re-jogálo. Zerei pela última vez ainda no Megao...
Jogasso ... perdi a conta de quantas vezes joguei essa maravilha, tanto no Mega Drive lá nos anos 90, quanto via emuladores ainda hoje. The Best Sega Mega Drive RPG, the best RPG ever.
PS: Desculpem a impolgação, é que sou fanático por Phantasy Star.
PSIV é fera mesmo. Nâo jogo desde 95, qualquer hora preciso revisitar, quem sabe fazer um especial.