Qual o melhor controle: SNES ou Mega Drive 6B [reaberta]

Atualização 2016: enquete reaberta, vote já.

Mesmo os seguistas mais ardorosos sabem que o SNES era melhor que o Mega Drive em quase todo o lado técnico, perdendo sem dúvida só em processamento. Mas a avaliação mais importante num videogame — qualidade dos jogos — depende do gosto do freguês e é o que torna ambos igualmente encantadores.

Seja como for, independente de quanto tempo passe, os 16-bit da Sega e Nintendo vão continuar sendo comparados pelos fãs, como dois velhinhos ranzinzas lutando de bengala. Pra discutir gráficos, som, cor, o design dos aparelhos, qualidade de ports, melhores jogos...

Outra questão que também rende horas de briga é tentar definir qual deles teve o melhor controle: o SNES e seu "osso de cachorro" com seis botões de ação + start e select, ou o Mega Drive com o pequeno 6-button?

Acima das diferenças, ambos serão lembrados como passos importantes no caminho do conforto e inovação. Antes, os controles eram quase invariavelmente quadradões, retângulos com botões não muito confortáveis, e muito menos bonitos.

Mega Drive 3B

Já no grandalhão modelo inicial do Mega Drive, aquele com 3 botões de ação, A, B e C, vimos um desenho mais arredondado, botões bem posicionados. Era robusto, não parecia um brinquedo e sim um "aparelho", ou parte de algo digno se fazer parte da sala. A Sega sempre gostou de vender seu videogame como um brinquedo para crianças um pouquinho mais maduras e mostrava isso também no controle, que no tamanho dificultava um pouco para quem tinha mãos pequenas.

Vamos concordar que o 3B era um monstro comparado com outros modelos da época. Bonito com seu design curvilíneo, visual sólido e os tons em preto e cinza, mas parecia que você tinha um tijolo arredondado nas mãos.

Além de grande, era forte, aguentando quase todas as cacetadas que dávamos nas horas de raiva sem nada além de alguns arranhões. Os botões não eram muito macios, até o direcional de oito pontos não era dos mais suaves, mas não comprometia a precisão. O start ficou próximo dos dedos, depois da infeliz ideia americana de colocar o pause no console, no Master System.

Ao contrário da concorrente e saindo do próprio padrão Master System, a Sega preferiu dar letras aos botões em vez de números. Isso seria frequente em seus controles futuros e adotado por outras empresas, como a SNK com o Neo-Geo e a Panasonic com o 3DO.

Enfim, apesar de clássico, bonito e ter servido de modelo pra muita coisa que veio depois (como o descarado clone feito pela Gradiente no Phantom System, entre outros), nunca foi dos meus preferidos. E por ter ganho um upgrade importante, vai ficar fora da nossa enquete.

SNES

Já quando o Super NES apareceu, ainda como Super Famicom no Japão, seu controle foi adorado por alguns e odiado por outros. A estranha ideia de dispor dois botões nas laterais superiores — L do lado esquerdo, R no direito — acionados com os indicadores, não era usual nem confortável pra quem começava. Eu mesmo detestava ter que usar o botão L, numa estranha incapacidade de destro, mas as maiores e novas possibilidades de ação valiam a pena.

Somado com o direcional em cruz (vulgarmente dizendo, sem direcionais nas diagonais), o que já tinha sido visto no NES e outros, e isso tornava o controle meio esquisito. Tinha que pegar prática para fazer certas coisas; quem conseguia dar o "pilão giratório" do Zangief nele? Nem todo mundo.

No Super Famicom, pra piorar, mandaram uns botões coloridos, dando aparência de brinquedo. A versão americana e também a nacional da Playtronic vieram em tons de azul e cinza, mais discretos (ou não muito, um azul quase roxo). Bem anatômico, encaixa legal na mão para muitas horas de jogatina, preocupação que havia sido vista também no Mega Drive. Sem dúvida muito melhor que o 3B da Sega.

Mas o 3B não foi o padrão por muito tempo...

Mega 6B

Se três botões antes eram o bastante no Mega Drive (e em alguns casos até demais, em certos jogos só A e B tinham utilidade), com a adaptação de arcades que já usavam 6 botões como Street Fighter e Mortal Kombat, a Sega tratou de desenhar um para seu 16-bit. Vindo junto com Street Fighter II Special Champion Edition, o 6B era a realização de um sonho antigo dos "mega drivers".

Haviam acertado em cheio. O 6B é leve e pequeno, quase minúsculo se comparado com o irmão de 3 botões, e mais anatômico. Quando posicionado entre as mãos, todos os botões ficam perfeitamente acessíveis e dispostos; eles são pequenos e próximos, mas os superiores, salientes, não causam pressionamentos acidentais; o direcional macio.

Era tudo que o Mega Drive precisava, tanto que o 3B foi definitivamente aposentado e mesmo em versões que a TecToy lança até hoje (aquelas coisas genéricas que supostamente são Mega Drives), sempre tem alguma variação de cor desse modelo. Um baita controlador de jogo.

Mas sempre há quem não goste: alguns se queixam do reduzidíssimo tamanho dos botões na linha superior (X, Y, Z) e que o controle não funciona em alguns games antigos, mesmo usando o Mode, botãozinho na mesma posição em que fica o R do SNES e serve só para reprogramá-lo.

O fato é que depois dele, vários jogos empregaram mais de três botões, tornando-o essencial, a não ser que você estivesse disposto a apelar para horríveis combinações para ativar as funções do X, Y e Z faltantes. Teve excelente aceitação e serviu de início para outro belo controle: o do Saturn.

Qual o melhor? Vote!

Se colocarmos o 3B do Mega frente a frente com o tradicional do SNES, claro que o da Nintendo tem vantagem em quase todos os aspectos, mas como o 6B virou o controle "oficial", acho justo ser ele o representante da Sega na disputa. Meu favorito é o 6B do Mega Drive.

Discorda? Acha que o do SNES é melhor? Vote na enquete aberta para descobrir a opinião geral dos visitantes, então sinta-se à vontade para palpitar. Quando tiver um bom número de votos, publico o resultado aqui.

Atualização 2016: a enquete de quatro anos atrás teve vitória do Mega Drive com quase 74% dos votos, mas havia sido encerrada com pouco mais 100 votos. Agora, com mais leitores e um público mais diversificado, acho justo reabri-la.

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