Sega PlayStation, Sega 64: os consoles que poderiam ter sido

É mais que conhecida a marcha da agonia da Sega, até pra quem não seguiu de perto o passado da companhia japonesa. No fim da 4ª geração plantaram o próprio fim, com disputas de orgulho e péssimas decisões de mercado. Ceifaram o sucesso futuro, o esforço do Mega Drive e o que ele prometia como herança. Ficou no passado o momento de glória, restando virar softhouse pra não quebrar.

Enquanto metiam os pés pelas mãos, a Nintendo mantinha total austeridade, ao estilo come-quieto. Os outros queriam mídia em CD? Eles preferiam o carregamento rápido dos cartuchos. Os outros se pegavam de tapa tentando tomar a dianteira nos 32-bit? Hiroshi Yamauchi era apoio irrestrito ao Super Nintendo. Assim mantiveram a sanidade financeira mesmo durante o boom do novato PlayStation.

Os bastidores guardam tramas incríveis, incluindo duas envolvendo algumas das maiores concorrentes de hoje. Com um pouco de boa-vontade da Sega do Japão, a história dos videogames poderia ser diferente. E muito.

Já pensou se em vez de Nintendo 64 e Sony PlayStation, tivéssemos Sega 64 ou Sega PlayStation? Pois é, uma dessas quase aconteceu.

Saturn, orgulho japonês

Sega Saturn
Se dependesse da Sega of America, talvez ele não existisse

Até a metade da guerra entre os 16-bit, a Sega tinha construído um futuro promissor. Veteranos de arcades, mas fracassados em consoles até o Master System, foram do nada para donos de uma máquina adorada. Nos Estados Unidos, o Genesis conseguiu a proeza homérica de bater de frente com a Nintendo. E se não bastasse, ainda espancou a rival na Europa, América do Sul e Oceania. Ironicamente, só no Japão, terra natal, não emplacaram.

Sabiam que pra manter a popularidade obtida com o Genesis, oferecer o que o público pedia não bastava: era preciso surpreender. Não só ouvir o jogador, mas inovar. E inovar custa caro.

A primeira das inovações foi investir nos CDs. Àquela altura, parecia claro que o futuro do armazenamento de games eram mídias digitais. Era preciso dominar aquilo o quanto antes, uma disputa por excelência estava em andamento.

Veio o Mega-CD, mas logo ficou óbvio que não teria a mesma popularidade de um console-solo. Havia a dependência e o gargalo técnico do Mega Drive. Mas a Sega precisava de know-how, e como laboratório ele serviu perfeitamente. Foi um importante primeiro passo na tecnologia do CD.

"Era bem o começo do uso de discos e estávamos tentando ganhar experiência no desenvolvimento de um produto com discos óticos, porque não tínhamos ideia do que estávamos fazendo!" — admitiu tarde Tom Kalinske, ex-presidente da Sega of America. Jogos ruins como os FMV denegriram bastante o produto, apesar de títulos acima da média como Sonic CD e Lunar.

A Nintendo ensaiou seguir o caminho, mas sem concluir negociações com Sony e Philips, ficaram quietos. O fracasso do Sega CD e o ainda maior do 3DO também pesaram na decisão. A base de usuários do SNES lhes dava algum conforto para decidir com calma o momento de agir.

A Sega, por outro lado, tentava muita coisa. Uma lista de iniciativas que não davam certo e pouco a pouco torraram não só as finanças, como a imagem da empresa. Em consequência, fãs foram perdendo a paciência. Eram chacotas sobre o Street Fighter que não chegava, gráficos fracos do Sega CD, a falta de RPGs...

Seu fenômeno dos 16-bit não duraria pra sempre. Tal como o império do NES havia caído pouco antes, tinham convicção de que tudo podia mudar numa passagem de geração. Talvez não contassem com outra grande jogada de marketing, como a que bombou o Mega Drive. Precisavam de uma máquina foderástica, que fosse mesmo superior às rivais. Uma máquina para liderar a nova geração com autoridade.

Nintendo 64 desmontado
Se a Sega não fosse cabeça-dura, teria a tecnologia do N64 no Saturn.

Mas era da Sega Japan que vinham comandos, inclusive sobre hardware. A Away Team, equipe de 27 pessoas lideradas por Hideki Sato (mente por trás das máquinas da Sega), encarregou-se de criar a nova engenhoca. Em 2 anos de trabalho, tentaram colocar tudo o que havia de superior em hardware nela. Se hoje a maioria dos CPUs trabalham em vários cores (núcleos), o Saturn inovou com dois processadores principais. Além do "dual core", mais dois para gráficos e outros, num total de oito processadores.

Mais poder de fogo? Talvez, mas não era necessariamente bom. Programadores não se adaptavam, otimizando os games para single core. A falta de kits de desenvolvimento também prejudicava. Para que o software aproveitasse bem a CPU dupla, era indicado programá-los em linguagem de montagem (assembly). Não eram todos que a dominavam, mais complicada do que C. Yuji Naka teria dito que "só 1 em cada 100 programadores são bons o bastante para tirar vantagem dos processadores do Saturn".

Poucos enfrentariam um caos programático em nome do Saturn. O PlayStation virou o queridinho e o console da Sega ficou pra escanteio. Seu mérito era ser o provável ápice dos gráficos 2D, insuficiente quando acontecia a transição para 3D. A tendência era inevitável desde os Star Foxes, Virtua Racings e Virtua Fighters da vida.

Quando o Saturn chegou à mesa da Sega of America, viram que havia algo muito errado para o mercado local. Ele era caro para produzir, com muitos componentes. Era difícil para programar, com sua arquitetura peculiar. Joe Miller, da R&D (pesquisa e desenvolvimento), percebeu na hora que era uma roubada investir todos os esforços naquilo, e procurou Kalinske.

Precisavam "apenas" demover os japoneses. Bolaram alternativas como investir numa tecnologia oferecida pela Silicon Graphics. Seria fácil convencê-los a abrir mão de 2 anos de trabalho, explicar que haviam errado a mão? E ainda admitir a falha — ou escolhas erradas — no projeto, aceitando ajuda de americanos? Como se sabe, a cultura japonesa não é exatamente tolerante com o fracasso. Onde enfiariam o orgulho? Como trabalhariam e fariam marketing nos anos seguintes de algo feito pelos gaijin que corrigiram o "mestre"?

Sega of Japan wins. Ou melhor...

Kalinske lembra como a coisa se desenrolou, desde a oferta da SGI até a abordagem e a reação da matriz:

Fomos até a Silicon Graphics e nos encontramos com Jim Clark. Eles haviam comprado a MIPS Technologies e estavam desenvolvendo um chipset para uso numa máquina de jogos. Nós gostamos, então ligamos para os caras do Japão pedindo que viessem ver aquilo. Os caras do hardware vieram e desdenharam de tudo: o chip era muito grande, seria muito desperdício, um monte de objeções técnicas. Aquilo nos incomodava, porque achávamos melhor [do que o Saturn] em termos de velocidade, gráficos e áudio.
Voltei a falar com Jim Clark, que era o chairman da Silicon Graphics, e disse a ele que a Sega não compraria, e ele perguntou "Bom, e o que vou fazer agora?", e respondi "Bem, tem outra companhia de games na área de Seattle. Acho que o nome começa com N". E claro, ele fez isso. Foi até lá e vendeu pra eles, e aquilo tornou-se a base do que seria o Nintendo 64.

Ou seja: deixar americanos dar tamanho pitaco não seria fácil para o time da Sega. Abriria feridas. Então, o presidente Hayao Nakayama, contrariando a lógica, decretou apoio incondicional ao Saturn. A lógica era simples: console caro não vendia, vide Neo-Geo e 3DO. A Sega não deu a mínima pra isso, levantou a cabeça e foi em frente.

Pensa que acabou? Nakayama cismou de lançá-lo quase 4 meses antes da data marcada. Kalinske escolhera uma data só uma semana antes da Sony, mas os japoneses queriam mais folga. O detalhe é que não havia produto em estoque pra isso, e os americanos teriam que se virar. Como fazer distribuição adequada se não há estoque?

Faz-se o menos pior: foram forçados a escolher lojas que teriam o Saturn no lançamento. Isso causou grande desconforto com os "outros", preteridos, que passaram a boicotar a Sega. Alguns removeram tudo que levava o nome da empresa da prateleira dali por diante.

Em outra entrevista, Kalinske falou do impasse entre as Segas EUA e Japão, e como o preço final do Saturn era alto:

As especificações para nosso console da próxima geração, o Saturn, não pareciam boas, e ele era muito caro - a Sega do Japão disse que chegaria às lojas por US$549,00.

Depois de muito ajuste e discussão, chegaram ao valor de US$399 — cem a mais que o concorrente. Resultado: de maio e setembro, intervalo do lançamento entre ambos, o Saturn vendeu pouco menos de 90 mil unidades nos EUA. O PlayStation? Teve 100 mil pedidos só na pré-venda. Mas se a Sega almejava sucesso em casa, enfim tiveram essa pequena vitória: o Saturn foi bem aceito no Japão.

O que aconteceria se a Sega investisse no motor da SGI com mídias em CD, que tinham estudado bastante com o Sega CD? Talvez algo como o Nintendo 64, mas sem os problemas que este enfrentou com a falta de espaço nos cartuchos. E melhor: não seriam ignorados pelos desenvolvedores. Talvez o PlayStation não tivesse a vida fácil que teve. Muitos talvezes...

Sega PlayStation

kalinske kutaragi nakayama
Kalinske e Kutaragi queriam um PlayStation (ou algo parecido), mas Nakayama deu um ippon na ideia

E essa não foi a única vez em que a teimosia do staff da Sega levou a empresa mais pra baixo. Pouco antes de decidir lançar o PlayStation sozinho, a Sony teve real interesse numa plataforma em parceria.

Como revelou Kalinske:

A Sony veio até nós depois de tomar um fora da Nintendo. Queriam que a Nintendo usasse sua tecnologia, mas eles preferiram negociar com a Philips. Isso aborreceu a Sony. Olaf Olafsson [presidente da Sony Electronic Publishing] e Micky Schulhof [presidente da Sony America] vieram ao meu escritório e disseram "Tom, nós não gostamos da Nintendo. Você não gosta da Nintendo. Temos esse pequeno estúdio em Santa Monica [Imagesoft] trabalhando com videogames, não sabemos o que fazer com ele, gostaríamos que a Sega ajudasse a treinar nossos caras. E achamos que o disco ótico será o melhor formato".

A Sega gostou. Surgiu um financiamento conjunto para a Digital Pictures, que produziu vários FMVs do Sega CD, como Sewer Shark e Night Trap. "Nossa relação era muito próxima. Trabalhamos em várias coisas juntas, Sega of America e Sony estavam convencidas de que as próximas plataformas deveriam usar discos óticos" - lembrou Kalinske.

Engenheiros das duas empresas trabalharam nas especificações de um hardware usando CDs. Kalinske visitou a sede da Sony em Tóquio, para negociar com Ken Kutaragi. O executivo da Sony tinha uma proposta. "Ele disse que [o sistema especificado] era ótimo, e como todos perdem dinheiro com hardware, devíamos comercializar juntos um sistema só - o hardware Sega / Sony - e as perdas que tivéssemos, dividiríamos".

Kalinske achou ótimo negócio. A Sega tinha grandes franquias e logo, possibilidade de lucrar muito mais. Cada um faturaria com seus próprios jogos. A Sony ganharia experiência e relevância no setor. Parecia perfeito.

Com a aprovação da Sony, restava convencer seus superiores no Japão de que a empreitada era uma boa.

Fomos falar com Nakayama e o quadro da Sega, e eles basicamente me rejeitaram. Disseram "Essa ideia é estúpida. A Sony não sabe como desenvolver hardware. Também não sabem desenvolver software. Por que querer parceria com eles?" Isso causou a divisão entre Sega e Sony, e levou a Sony a ser nosso concorrente lançando um hardware próprio.

Nesse ponto, o staff americano estava bastante descontente com o autoritarismo e falta de diálogo com a Sega japonesa. Eles tinham certeza de que não era a hora do Saturn, e tentaram de tudo para atrasar o lançamento, pelo menos para ter mais jogos. Não adiantou.

A Sony botou a faca nos dentes e lançou o PlayStation sozinha, enquanto a Sega afundava. Pra piorar, o sucesso levou muita gente a migrar para o "lado Sony da força", incluindo o nº2 da Sega of America, Steve Race. O braço-direito de Kalinske, que sabia tudo sobre o Saturn, agora estava no comando do rival. "Ele conhecia todos os nossos segredos e nós, nenhum dele. E estávamos nessa desconfortável posição de tentar lançar um novo hardware, um sistema no qual eu não acreditava e não gostava", lamenta Kalinske.

Race tinha propriedade para atacar o projeto rival, e o fez sem dó.

Eu sabia alguma coisa, e o PlayStation e a Sony podiam capitalizar sobre isso. Sabia que o produto estava sendo apressado. Sabia que não tinham comprometimento com ele. De certa forma, a Sega Japan estava forçando produtos nos Estados Unidos e Europa. Sabíamos que coração e alma da Sega não estavam no Saturn, era só um produto intermediário que estavam tentando usar para estragar o lançamento do PlayStation. O 3DO lutava com todas as forças. Sabíamos que o Saturn era um natimorto, a Sega cometeu uma série de gafes nele. E a Nintendo era só um sonâmbulo, estavam dormindo no ponto. Era o palco perfeito para nossa estreia.

O resto é história.

Em vez de Sony PlayStation, teríamos um PlayStation com assinatura de Sega e Sony, e todos os esforços de ambos em software? Parece bom. Obrigado por nada, Sega do Japão, mais um que jamais sairá da imaginação.

Imagem: Chris Isherwood

Daniel Lemes
Daniel Lemes
Fundador do MB, quase mil artigos publicados em dez anos pesquisando e escrevendo sobre games. Ex-seguista, fã de Smashing Pumpkins e Yu Suzuki.

12 COMENTÁRIOS

  1. Caramba! Só estou lendo em 2020...
    Até hoje sinto tristeza dessa era incrível da sega ter acabado. Não sei se também porque coincidiu com minha infância/adolescência, mas era demais esperar novos jogos, comerciais, falar com os amigos que mega drive era melhor que Nintendo ( há controvérsias rsrs). Sinto-me ligado à Tectoy (representante da sega) até hoje. Triste ver a decadência da empresa. Arrogância japonesa... Fica a saudade de tempos maravilhosos e só me resta jogar emuladores....

  2. Seu mérito era ser o provável ápice dos gráficos 2D, insuficiente quando acontecia a transição para 3D.

    Insuficiente pra você cara.

    • O Saturno era uma boa máquina. Seu design era lindo, controles bons (não sei como eles conseguiram aquele cheirinho de morango incrustado na carcaça de todo Saturno, até hoje se vc cheirar ele tem cheiro de morango...), Os jogos eram muito bons (mesmo os 3D... da Sega... com algumas exceções, como Daytona... horrivel...). O problema realmente que, apesar da maquina muito boa, design belo (um dos mais belos da História...), e jogos 2D fantasticos. Porém, seu 3D era horrivel, muito serrilhado (mesmo praquela era... não podemos esquecer que o PC veio aquela epoca, pouco depois, a podera placa grafica Voodoo, que colocou todos eles - inclusive PS1 - no chinelo, somente o futuro Dreamcast teria capacidade grafica semelhante a Voodoo, de muitos anos antes). E quando o Playstation foi lançado realmente, comparado ao Saturno, parecia uma maquina de geração muito superior, anos a frente da maquina da Sega no 3D, incomparavelmente melhor. Fora os exclusivos e a turbinada de (otimos) jogos que se seguiu ao lançamento. Era obvio a incontesta superioridade da maquina da Sony, em qq quesito. Mesmo os 2D do PS1 (feitos através de tecnicas 3D planas) era bem feito e pouco ou nada perdia para os 2D do Saturno.

      Saturno tem e deixou bons jogos, inclusive no 3D (Panzer Dragoon, Sega Rally), mas convenhamos que o Playstation dominou, desde o inicio, incontestemente (Ridge Dacer e Tekken estavam milhas, decadas a frente, de 11 coisa q vc já vira antes, Saturno não tinha chances de vencer tudo isso). A Sony fez tudo direito. Não deu outra.

      O Saturno hoje ainda é uma boa maquina, mas seu 3D já nasceu velho. Seus jogos de 2D até hoje são bons.

  3. Cara, a Sega foi da genialidade a burrice. saíram do nada nos consoles caseiros, para a segunda posição global, tendo em boa parte do tempo ficado a frente da Nintendo, graças a um hardware que era uma versão menor da placas de fliperama que tinham. Tiveram um marketing bom. Por que não pensar que outra companhia pudesse fazer o mesmo? por que não usar a base da placa de jogos que já tinham para fazer o novo console, assim como fizeram com o mega, que foi sucesso? Por que investir no 2d, quando a ascensão era o 3d? Sendo que a própria sega tinha vários jogos em 3d que eram sucesso, como virtua Fighter, Daytona Usa. Foi muita burrice. Como dito pelo Kalinske, console caro, não vende. Foi o que rolou com o 3DO,Neo Geo, e com o Saturn. A sega mereceu todo o castigo que tiveram, mas os fãs, estes infelizmente não mereceram.
    Apostaram em várias frentes de pesquisa, que custam caro. Graças a sega, claro, tecnologias usadas em games futuros foram amadurecendo, barateando e se estabelecendo, mas um pouco menos de pressa, orgulho e sensatez, teria mantido a companhia por muito tempo . Infelizmente sou órfão da Sega, e até acho que em sei lá, 10 anos (contando da data de hoje) eles possam voltar a fabricar hardware para jogos, se é que ainda existirá esse ramo, visto que os PCs, e a internet estão minando o ramo de video games. Não creio que há fôlego para Microsoft, Sony e Nintendo se manterem no hardware por mais estes anos. A Nintendo começou a diversificar pro mobile agora, porque está vendo isso. Porém, como a Sega anda lucrando bem com a produção multiplataforma, e seus vários negócios, possui experiência, e adquiriu vários estúdios bons talvez com a saída de uma dessas forças, ela possa voltar ao ramo. (creio que a história é cíclica, e assim como a Nintendo mudou o rumo dos games, lá com o Nes, chegaremos novamente ao ponto de estagnar nos games, e uma nova companhia irá aparecer para ressuscitar o ramo). Porém com a existência de Microsoft, Sony, e Nintendo a Sega não tem chance alguma de voltar. Seria bom ver novamente Sonic rodando em produtos Sega, e não mais em outros hahaha.((já tô viajando longe, deixa eu parar aqui...hahaha))

  4. lendo essa matéria quase deu gosto ver a derrocada da sega mesmo gostando da empresa. é muita teimosia dos japoneses.

    até hj eu não entendo por exemplo pq levaram dois anos para desenvolverem o projeto do saturn com resultados tão decadentes ao invés de usarem a já disponivel tecnologia da sega model 2 de maneira otimizada para um console.

    e de fato ia ser bem legal ver o playstation com o selo da sega hj em dia.

    • Acho que a Sega do Japão nunca aceitou totalmente o megassucesso do Mega Drive graças aos americanos, deve ter ferido um pouco o orgulho deles, apesar de encher os cofres... O Saturn devia ser visto como o "filho preferido", eles queriam um hit 100% "made in Japan".

      • Isso não era orgulho, era arrogância e um ego inflável que eles queriam encher e tentar se dar bem em cima das suas divisões no resto do mundo.

  5. Fantástico texto, estou "digerindo" isso e vou ficar com isso na cabeça por um bom tempo, não sabia que a Sony também tentou contato com a SEGA, pensava que tinha sido somente com a Nintendo. De fato, a SEGA se "matou" definitivamente, uma pena, pois ainda sou grande fã do que ela é, ou era.

    • Valeu! Se for pensar, a Sega só chegou a algum lugar graças a Sega of America. Quando os japoneses começaram a barrar as decisões de lá, a coisa degringolou de vez.

      • Na verdade, insuficiente para a história. Ou você está vivendo em outra linha tempo/espacial onde os gráficos 2d ainda prevalecem?

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