Análise: Kaizō Choujin Shubibinman Zero (Super Famicom)

Mostro hoje mais um título que ficou apenas na terra do Sol Nascente, o Kaizou Choujin Shubibinman Zero. Embora tenha sido lançado no Japão, apenas os assinantes do serviço Satellaview (ou BS-X), tiveram acesso à ele. Se você ainda não ouviu falar sobre o BS-X, tratava-se de um periférico do Super Famicom que era conectado à porta externa do console (aquela na parte de baixo).

Basicamente era um modem e um receptor de satélite, que acompanhava um cartucho "virgem" onde o jogador, pagando uma mensalidade mensal, poderia fazer o download de jogos via satélite, mas em horários definidos (veja ele aqui). O serviço ficou disponível no Japão de 1995 a 2000, quando por razões desconhecidas a Nintendo terminou a parceria com a St. GIGA's, que era a empresa responsável pelo serviço.

Estima-se que 80% dos jogos destinados ao periférico tenham sido cancelados, muitos deles de empresas como Enix e Squaresoft (hoje Square Enix).

Enredo

Kaizo Choujin Shubibinman Zero

Apesar de não se tratar de uma sequência, a série já era conhecida no PC-Engine com dois títulos, o 2º deles lançados nos EUA como Shockman. A versão de Super Famicom não traz os personagens originais (não se sabe a razão) embora mantenha os mesmos visuais.

No jogo, os protagonistas Raita e Azuki combatem membros de uma força liderada pelo personagem Galko, que conta com a ajuda do capanga Kagemaru (que vez ou outra irá te desafiar durante o jogo).

Diferente dos primeiros títulos, que eram um misto de action e side-scrolling, no Super Famicom ele virou uma mistura de plataforma e beat-up. Pode parecer estranho, mas o resultado é muito satisfatório! Lembro de ter me surpreendido ao jogá-lo pela primeira vez, pois esperava algo na linha de Mega Man ou Super Valis, a julgar pela tela-título e estilo dos personagens.

Gráficos

Kaizou Choujin Shubibinman ZeroBoa parte dos jogos de Satellaview possuem gráficos mais simples (talvez em razão de sua distribuição por satélite), porém aqui eles são bem nítidos e coloridos. Os cenários, bem variados, se não são muito bonitos graficamente, são criativos.

Há fases onde você precisa subir ou descer níveis, não deixando o jogo cair na mesmice de ir sempre com o personagem para a mesma direção. Um ponto que onde poderia ter melhorado é no tamanho dos sprites dos personagens, um tanto quanto pequenos, além da falta de variedade de inimigos.

Som / música

São satisfatórios, não apresentam nada que possa justificar uma análise mais extensa, mas cumprem bem o papel.

Não é um daqueles jogos onde há músicas que grudam na sua cabeça (como um Mega Man X) e embora tenha poucas vozes digitalizadas, são bem definidas.

Jogabilidade / controles

Como dito no início, a jogabilidade é simples, mas bem executada. Basicamente se resume a pular e golpear os inimigos. É possível fazer pequenos combos e uma vez que carregue o botão de ataque é liberado um golpe especial.

Kaizou Choujin Shubibinman ZeroOs itens se resumem a recarregar sua energia e lhe conceder mais pontos, onde aparecem cartuchos e até o Super Famicom como forma de pontuação. Alguns chefes são bem legais de enfrentar, que pedem diferentes estratégias para derrotá-los.

Tudo fica ainda mais divertido com dois jogadores, pois é possível combinar ataques, inclusive os golpes especiais. Embora não seja um jogo muito difícil, alguns inimigos estão em locais estratégicos e poderão te fazer perder energia facilmente. São poucos continues, que são compartilhados pelos dois jogadores, mas há aumento de níveis no decorrer do jogo, que lhe concede aumento na barra de energia.

Conclusão

Kaizou Choujin Shubibinman Zero foi uma grata surpresa para mim, pois quando comecei a jogá-lo, sequer tinha ouvido falar sobre ele, e quando percebi, tinha terminado o game! É daqueles que você não dá nenhum crédito e até desdenha (muito talvez em razão do visual simples), mas que prende por ser ao mesmo tempo simples e muito divertido.

Separe um tempinho num final de semana e dê uma chance ao jogo, vale a pena!

Elder Carrilho
Elder Carrilho
Nascido em SP e viciado em games desde os 8 anos. Embora continue jogando nos consoles atuais, tem preferência pelos retrô, em especial a geração 8/16 Bits.

1 COMENTÁRIO

  1. Sinceramente não conhecia esse jogo...sei que no super famicom tem muito jogos desconhecidos, principalmente nos estilo RPG...Agora beat 'em up e plataforma, é novidade para mim!!!!! Vou atrás desse jogo e depois voltarei com mais opiniões e críticas sobre esse jogo!!!! valeu!!!!

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