Chineses vendem Mega Drive com HDMI e controles sem fio

Lembra quando a Tectoy anunciou a configuração do "novo" Mega Drive, destruindo o sonho de muita gente ao avisar que não teria HDMI? Que era caro, que ninguém usaria mesmo, etc? Criou certo desconforto, pois o NES Classic era recente e fãs da Sega esperavam uma resposta à altura.

Dito e feito, o Mega veio bonito, mas sem a saída moderna, o que não parece ter sido problema. Mas se você é um dos que ainda choram pela conexão, levante as mãos aos céus e agradeça aos velhos amigos chineses. Ou não, sei lá.

Sites como o AliExpress vendem o que pode ser o "Mega Drive Que a Tectoy Não Fez™". Será que é bom?

Será?

Anunciado com o portentoso título "Console Retrô HDTV Para Games 16 Bit Com Saída HDMI", o videogame não lembra os típicos emuconsoles. Produzido pela GRITZEST, é compatível com cartuchos (ou melhor, "16 bit game cards"), e acompanha dois controles sem fio e mais um com fio. Ao que tudo indica, não tem entrada para games em ROM, como SD cards. Um cartucheiro raíz?

O visual dele é muito bom. Se estivesse mais perto do Brasil, acho que valeria comprar só pela carcaça. Parece demais o original asiático, com as icônicas letras douradas na frente, e a inscrição "High Grade Multipurpose Use". Mas por motivos óbvios, não há o logo da Sega no canto, perto do plug do controle 2.

A traseira tem três saídas RCA (AV estéreo), além da desejada HDMI. Não há relatos disponíveis sobre o funcionamento. Também não é especificada a compatibilidade com Sega CD, 32X e cartuchos especiais, o que leva a crer que não existe.

Pelas imagens é possível notar um recorte, como um slot no lado direito, mas não acho provável que tenha algo ali.

O controle com fio é bem estranho: um redesenho do modelo de três botões, mas com seis. Mas olhe de perto: os três de cima são A, B e C, e... os três de baixo também. Seriam turbo, ou economia de produção? Tosco demais. Os dois sem fio são praticamente iguais aos antigos, mas com botões mais claros, e um botão adicional perto do Start. A fonte é externa, de 7.5V; o Mega original usa fonte de 9V.

O preço hoje fica em torno de R$160, sem contar possível (quase certo) imposto. No total daria uns R$250. Vale o risco? Melhor esperar cobaias os early adopters, né?

Daniel Lemes
Daniel Lemes
Fundador do MB, quase mil artigos publicados em dez anos pesquisando e escrevendo sobre games. Ex-seguista, fã de Smashing Pumpkins e Yu Suzuki.

6 COMENTÁRIOS

  1. a verdade é que se não fosse os chineses muita gente não teria computador, vídeo game e até mesmo Celular. Não é a toda em que todo lugar antigamente tinha lá a frase ¨Made in China.¨!!!!!!!!!!!!!!!! fui

  2. Apesar de ler somente hoje esse artigo, e já ter até visto alguns reviews desse console chinês no YouTube, segue meu comentário...

    Quando a TecToy anunciou o relançamento do Mega Drive eu quase fui ao êxtase. Já acompanhava os movimentos de games retrôs há um tempo e apesar de ter um Mega 1 original em um estado de conservação absurdo, me animei com a probabilidade do lançamento de um oficial com entrada Micro SD que rodaria as ROMS dos jogos. Para uma época onde não se fabricam mais cartuchos (oficialmente) e os valores dos que existem estão cada vez mais alto, ter um Mega Drive com esse recurso seria um sonho.

    Mas meu sonho foi por água abaixo depois que a Tectoy anunciou que o console não teria saída HDMI. Como assim? Não vou poder jogar na minha TV de LED com uma imagem boa?
    Não sou do tipo gamer retrô colecionador, desses que gastam uma boa grana pra ter tudo original e por isso também possuem TV de tubo. Faço mais o perfil do jogador mesmo, que gosta de passar alguns bons momentos tendo uma boa experiência de diversão com os jogos e, lógico, revivendo momentos nostálgicos.

    Por isso resolvi montar meu próprio Mega Drive. Não será um oficial, lógico, mas terá tudo para me atender. O projeto se trata da carcaça de um Mega japonês restaurado com um RaspiberryPi 3 rodando o emulador e emulando jogos de Mega, 32X e SegaCD. Controles idênticos ao original, no entanto com conexão USB (futuramente sem fio via bluethooth). Saida HDMI e por causa do emulador, qualidade de imagem boa simulando os bons píxels e com direito a scanlines pra ter aquele gostinho de tela de tubo (mesmo em uma TV LED que ocupa pouco espaço e pesa e consome menos). E O MAIS INTERESSANTE e atrevido no projeto, um slot para leitura de cartuchos. Sim, deverá ler os cartuchos também para a experiência ser próxima da nostálgica, porém com adaptações para o atual.

    Enfim, por enquanto o projeto está saindo devagarinho, estou finalizando a montagem do Raspiberry na base que servirá de suporte interno para todos os componentes e terminando de fazer as extensões de usb, hdmi e micro usb com a plaquinha do PI.

    Quando tudo tiver finalizado, pretendo fazer um vídeo demonstrando tudo funcionando.

    Ah... e lógico meu Mega terá uma caixa customizada e manuais e fake encartes como vinha no original.

  3. Talvez pela carcaça valesse a pena mas comprar por esse preço só pela carcaça... acho que não dá.
    A questão chave aqui não é o HDMI. Hoje em dia é possível rodar Mega de diversas formas, até os clones como o Mega Vision existem por aí desde 1994... a questão é totalmente outra. O problema é poder ter um console oficial mesmo. Essa é a grande jogada que fez o Nintendinho novo um sucesso e que fez o produto da tec Toy muito barulho também.

    A essa altura do campeonato onde podemos rodar qualquer console velho de mil maneiras e formas diferentes o grande diferencial é a marca, o original, o oficial, mesmo que essas máquinas não correspondam as expectativas atuais de tecnologia.

    Tec Toy com ou sem HDMI é um fato interessante simplesmente por ser oficial. Clones não podem entregar isso. E se for apenas pelo motivo de jogar videogame antigo, os emuladores exitem ad infinitum por aí. Sem falar que temos também a opção do console usado original.

    Na minha visão tudo é válido neste campo, ou compra-se um bom clone ou um oficial, mas todos tem suas vantagens. Eu pessoalmente, prefiro o velho usado de época ou os emuladores. cada um na sua.
    Abração!

    • Se alguém se dispusesse a fabricar carcaças "originais" pra recuperar consoles antigos... Não sei como os chineses não pensaram nisso ainda, venderia igual pão quente.

      • Putz, tem toda razão! Tipo os labels de cartuchos de Super Nintendo que o pessoal refaz em alta qualidade para a gente baixar! Claro,neste caso comprar a peça avulsa. Bem pensado.

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